Coronavírus derruba até 70% das corridas da Uber nos Estados Unidos

O presidente global da empresa americana disse que, por causa do novo Coronavírus, as atividades da Uber foram reduzidas em Seattle e Nova York.

Integrando a lista de empresas que tiveram atividades reduzidas – ou até paralisadas temporariamente – por causa da pandemia do novo Coronavírus, a Uber informou nesta quinta-feira (19), que houve queda de até 70% nas corridas em algumas cidades dos EUA. Uma das mais afetadas é Seattle, que é um dos principais mercados da empresa no país.

Em uma teleconferência com os investidores, o presidente global da Uber, Dara Khosrowshashi, informou que a pandemia de Coronavírus teve um efeito negativo em seus negócios.

Falando apenas sobre os Estados Unidos, Khosrowshahi informou que cidades como São Francisco, Los Angeles e Nova York também tiveram uma redução significativa em quantidade de corridas. O executivo não informou qual foi a redução percentual nessas cidades, mas afirmou que a queda é bastante similar à de Seattle.

De acordo com Khosrowshahi, não é possível prever o que irá acontecer daqui para a frente. O isolamento e o distanciamento social incentivados pelas autoridades de saúde em todo o Mundo devem prejudicar financeiramente a companhia, e não apenas nos EUA.

Segundo reportagem do jornal The Wall Street Journal, os gastos americanos com serviços de carona, como Uber e Lyft, caíram em média 21%.

Os motoristas dos aplicativos também notaram uma grande diminuição na demanda de seus serviços. Cerca de 80% dos motoristas da Uber e do Lyft disseram que estão recebendo menos em relação aos meses anteriores.

Khosrowshahi, porém, afirmou que a empresa tem um caixa de 10 bilhões de dólares, além de 1,5 bilhão de dólares reservado para fazer aquisições, e acredita que o dinheiro seja suficiente para atravessar o período de turbulência até o final deste ano.

Ele acrescentou que a empresa está vivendo um caso extremo, e que direcionou 150 milhões de dólares – que geralmente são utilizados para pagamentos de tarifas – para produzir ações publicitárias.

Além disso, a companhia está fornecendo assistência financeira aos motoristas que contraíram o vírus e congelou, por tempo indeterminado, a contratação de novos funcionários nos Estados Unidos.

Caso a Uber também sofra quedas similares em outros locais do Mundo, as expectativas de analistas são que a companhia tenha resultados financeiros negativos no primeiro semestre, mas com chance de se recuperar no último trimestre de 2020.

Em 2019, a companhia informou que esperava se tornar lucrativa neste ano, após a perda de 8,5 bilhões de dólares no último trimestre do ano passado.

Para alcançar a meta, porém, a Uber dependerá de como os países lidarão daqui para a frente, com a pandemia de COVID-19.

Original em: http://abre.ai/aUR2